LEITURA
Eu não sabia ler a rosa,
a rosa
que se abre qual um livro
com páginas grafadas de esplendor.
Não lia as frases da lua
escritas em quartos
em fases de penumbra e claridade
cativas à vontade do amor.
Eu sabia a melodia das ondas
só de ouvido,
os olhos não liam
a partitura das marés.
Analfabeto dos vocábulos celestes
não li o teu desatino de estrela
nem vi, nos meteoros,
meu desígnio...
Tu me ensinaste,
aprendi a ler contigo
a linguagem universal da poesia,
estudando eternidade nos teus olhos.
(Do amigo Vaine Darde) - (imagem retirada do Google)