Confira agora a letra desta belíssima obra entitulada "Quinchador"
Letra: Antônio Xavier e Sérgio Lopes
Música: Nelcy Vargas
O velho Juca Anastácio
é sepa que aguenta inverno
sem ter chance nos caderno
sobrou a faca e o banhado
Em cada santa fé cortado
dentro da lida e do tempo
Deixando como exemplo
o próprio rancho quinchado
No sol quente de janeiro
e geadas que cobrem galhos
no corpo marcas de talho
dos cortes que o capim faz
ficando um rastro pra tráz
das tosseiras que cortava
e mais um teto tapava
lembrança que não se desfaz
Quem não conhece uma quincha
pergunte pra os seus avós
ou saibam pela minha voz
que o jovem não é culpado
se o ontem não é contado
por quem tem um lápis na mão
rancho de pau-a-pique e torrão
faz parte do nosso passado
O Rio Grande foi quinchado
pras águas de Santa Rosa
também madrugadas de prosa
ouvindo um rádio de pilha
paiol e galpão de encilha
e até uma baia pros pingos
carramanchão aos domingos
pra indiada coçar virilha
o teto de Santa fé
perdeu espaço pro zinco
o CTG 35
traz o capim na trajetória
grupo dos oito na memória
o progresso acompanha
chegando cá na campanha
encobrindo nosso história
Sonho em deixar a fronteira
num jeitão tradicional
se bandear pra capital
no ofício de Quinchador
o Paixão de amadrinhador
Gaúcho que se destrincha
e juntos erguer a quincha
pra estátua do laçador.
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