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CD CAMPO E MULHER E CD É ASSIM QUE SOU- GRAVADORA VERTICAL



Sou cantora e também componho. Amo música gaúcha e nativista. Meu perfil completo fala um pouco mais da minha pessoa.
Elenco, a seguir, a relação de Festivais que já participei:

Festival CTG Campo Aberto 2007

Semana Crioula Internacional de Bagé 2008

ENART fase regional, inter-regional e final de 2008

29ª Campereada Internacional de Alegrete

Festival Ovino e Vinho 2008

XXI Califórnia Petiça Internacional de Uruguaiana

1º Marco da Canção Nativa do Aceguá

Palanque do Nativismo 2008 de Pedro Osório

XV Pixurum Cultural de Rosário do Sul

Canto Sem fronteira Piá 2007

III Rodeio Artístico Sentinela da Fronteira

Vertente da canção gaúcha estudantil 2008

IV Rodeio Artistico Sentinela da Fronteira

30ª Semana Crioula Internacional de Bagé

2º Marco da Canção do Aceguá

5º Festival Infanto-juv da música Crioula de Santiago

27ª Campereada Internacional de Sant. do Livramento

VII Carijinho da Canção de Palmeira das Missões

Festival Um Canto a Jaime Caetano Braun

Festival Ovino e Vinho 2009

3º Festival Independente da Música Santanense

VII Penca da Música Nativa

8º Pastoreio da Canção

XV Coxilha Nativista Piá de Cruz Alta

XVI Canto Moleque de Candiota

XXII Califórnia Petiça Internacional de Uruguaiana

VI Canto dos Ervais de Palmeira das Missões

10º Rodeio Artístico Presilha do Pago

25º Ponche Verde da Canção Gaúcha de Dom Pedrito


"Nos confins da querência

Orgulham-me nossas guerras

E ouço o grito dos livres

Trazendo o canto da terra!"


Contato Tarciane Tebaldi:

contatotarcianetebaldi@hotmail.com

(53)32426023

Páginas

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


      Rio Uruguai
    

Uruguai, cancha das águas
Entre Argentina e Brasil
Num disparão sutil
Lembra o velho Boi Tatá
Onde os do lado de lá
Conservam mágoas oriundas
por que as águas mais profundas
pendem pro lado de cá.

Existem lagos nos contos
amores com adultério
mas não concentram mistério
no seu romance de artista
este sangão nativista
o único idioma que fala
é o turumbamba de bala
do velho contrabandista.

Faz estropícios no mapa
com sua menção frequente
e só não tem descendente
é crioulo do luar
Tem um corpo sabe amar
tem sofrimento e consolo
e o Piratini Crioulo
É seu vaso capilar.

Uruguai das ilhas grandes
farol mudo do balseiro
antigo chão brasileiro
que dantes dera bochinchos
mui quebrador de corinchos
não é como as praias belas
em vez de lindas donzelas
tem rebanho de capinchos.

Águas claras quando calmas
barrentas quando agitadas
solução nas enxurradas
dores das almas pagãs
volta a vida nas manhãs
as cachoeiras vão cantando
e os Dourados patrulhando
cardumes de grumatãs.

Uruguai das barras tristes
que o nambu vive cantando
e o barco do contrabando
corta o rui calmo e parelho
não foi falta de conselho
e um tiro acorda o espaço
e o gaúcho de um balaço
pinta as águas de vermelho.

A noite cruza e clareia
e o Taura não aparece
e novamente anoitece
e a costa toma um pavor
o Bugiu compreende a dor
decerto ao homem venera
um rancho ficou tapera
e um china sem amor

A morte deixa recuerdos
principalmente ao gaúcho
que desenha no cartucho,
uma revanche, um desengano
quando encontra o castelhano
no mesmo rio, meio afoito
num berro de trinta e oito
La guarda perde um paisano.

Mais abaixo vem a ponte
que é o ajouje da amizade
liga cidade a cidade
a ponte continentina
soltam a mesma resina
e o Uruguai beija os nubentes
ou casal de continentes
Pai BRASIL, Mãe ARGENTINA.

(Gomercindo Medeiros Filho - Cidinho Medeiros)
 Estância da Poesia Crioula - 1964

Colaboração: Pio Medeiros










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